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Espondiloartrites

As Espondiloartritres correspondem a um grupo de doenças que apresentam as seguintes manifestações clínicas em comum:
1 - artrite, com preferência ao acometimento das articulações sacroilíacas e da coluna vertebral;
2 - pesquisa negativa para o fator reumatóide (FR: exame de sangue);
3 - inflamação nos tendões e ligamentos que se ligam ao osso (entesites);
4 - marcador genético semelhante (HLA-B27);

Quais doenças fazem parte do grupo das Espondiloartrites?
Fazem parte deste grupo de doenças, as seguintes: Espondilite Anquilosante, Espondiloartrites Indiferenciadas (indivíduos que não desenvolvem a doença completamente), Artrite Reativa (associada a doenças infecciosas), Artrite Psoriásica (associada à Psoríase), Artrites enteropáticas (associadas à doença de Crohn, Retocolite Ulcerativa, doença de Whipple, entre outras).

Como é feito o diagnóstico?
Cada uma das doenças tem sua particularidade para o diagnóstico, porém os sintomas acima descrito são comuns em todas as espondiloartropatias.
- Espondilite Anquilosante não se relaciona diretamente a outra doença. É uma doença com predisposição genética que tem início preferencialmente em homens jovens (20-30 anos). Essa doença progride lentamente, e leva a fusão de corpos vertebrais, com diminuição de mobilidade da coluna.
- Artrite psoriásica está relacionada a psoríase cutânea, uma doença que causa lesões grosseiras em pele, que podem ser avermelhadas e descamam. A relação com a psoríase ocorre em qualquer época, podendo aparecer antes, durante ou depois do quadro de pele.
- Artrite associada a doenças intestinais, geralmente ocorre com a Doença de Crohn e a Retocolite ulcerativa, duas doenças intestinais inflamatórias.
- Artrite reativa ocorre relacionado com um evento infeccioso (diarréia ou doença urogenital), porém não contém a bactéria dentro da articulação.
- Espondiloartrite indiferenciada é quando ocorre o quadro clínico sugestivo, as vezes incompleto, e não se consegue definir exatamente qual o subtipo.

O que é a Espondilite Anquilosante (EA)?
A Espondilite Anquilosante é um tipo de reumatismo que causa inflamação principalmente na coluna vertebral e nas articulações sacroilíacas (articulações que ficam na região das nádegas).

Quem pode ter a Espondilite Anquilosante (EA)?
A "EA" manifesta-se mais freqüentemente no sexo masculino, sendo 4 a 5 vezes mais freqüentes nos homens que nas mulheres. Normalmente, os pacientes desenvolvem os primeiros sintomas no final da adolescência ou no início da idade adulta (17 aos 35 anos de idade). Filhos de pais com "EA" também tem maior chance de apresentar a doença no futuro.

Quais são as manifestações clínicas da Espondilite Anquilosante (EA)?
As manifestações da doença podem variar de somente um quadro de dores nas costas contínua e signifivativa (principalmente na região das nádegas, ou mais acima na região lombar), até uma doença mais grave e sistêmica, acometendo várias outras juntas, os olhos, coração, pulmões, medula espinhal e rins.
O surgimento das dores na coluna ocorre de modo lento e insidioso durante algumas semanas. No início, a "EA" costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Frequentemente observa-se que a dor melhora com exercícios e piora com repouso, sendo pior principalmente pela manhã. Alguns pacientes se sentem globalmente doentes, sentem-se cansados, perdem o apetite e também perdem peso. Geralmente essa dor está associada a uma sensação de enrijecimento na coluna (rigidez), com consequente dificuldade na mobilização. Eventualmente, o paciente também pode apresentar dor na planta dos pés, principalmente ao se levantar da cama pela manhã. Posteriormente, a inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor no peito, que piora com a respiração profunda.

Como é o tratamento das Espondiloartrites?
O tratamento dessas condições têm avançado bastante recentemente. Inicialmente é realizado com anti-inflamatórios. Algumas vezes, medicamentos biológicos especiais podem ser necessários. Esses medicamentos poderão ser apropriadamente prescritos pelo seu médico reumatologista. Além das medicações, o tratamento não farmacológico (com fisioterapia, exercícios físicos) é fundamental para a prevenção de deformidades.

FONTE: Sociedade Brasileira de Reumatologia 

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