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Gota

A doença é caracterizada por um aumento nos níveis de ácido úrico no sangue (ou hiperuricemia). Isso leva á deposição de cristais de urato em articulações, rins e subcutâneo. É também muito característico o desenvolvimento de grandes acúmulos desses cristais nas articulações denominadas tofos.

Sexo:
Acomete principalmente os homens, numa proporção de 20 homens para uma mulher.

Idade:
incidindo dos 30 aos 60 anos com pico aos 40 anos. Nas mulheres ocorre preferencialmente após a menopausa.

Etnia:
Em brancos a incidência da gota na população adulta em geral (30 anos) é de 0,2 a 0,3%. Em indivíduos acima dos 40 anos, 1,5% são afetados (2,8% em homens e 0,4% em mulheres). Em algumas raças a prevalência é maior.

Genética:
Existe uma forte influência hereditária na transmissão da gota em 38% a 80% dos pacientes. Existem pessoas com o ácido úrico elevado de influência hereditária, mas não tem sintomas da gota. Chama-se hiperuricemico o indivíduo com nível de ácido úrico no sangue superior a 7 mg/100 ml. Hiperuricemia ocorre em 10% da população masculina acima dos 40 anos, sendo também observada em mulheres principalmente após a menopausa e também em homens mais jovens, porém numa frequência menor.
Indivíduos hiperuricêmicos tem maior chance de desenvolver gota do que normouricêmicos porém a maioria permanece assintomática o resto da vida, não nessessitando de nenhuma medida terapêutica.

Artrite gotosa aguda:
A crise aguda da gota manifesta-se por uma artrite, quase sempre monoarticular de início repentino e rápido desenvolvimento de dor intensa, edema, aumento de temperatura e eritema, por vezes violáceo. Este quadro tem duração de 3 a 10 dias. As articulações mais comumente afetadas são: dedão do pé, nesse local a artrite denomina-se podagra. É a localização mais típica da gota envolvida em 50% dos casos na crise inicial e em 90% dos portadores de gota no evoluir da doença.
Membros inferiores: joelhos, tornozelos e pé, interfalangeanas e outras metatarsofalangeanas.
Membros superiores: cotovelos, interfalangeanas, metacarpofalangeanas e punhos.

Fatores desencadeantes da crise aguda:
Ingestão de bebida alcoólica uso de drogas como diuréticos, remédio contra tuberculose e salicilatos, trauma, infecção, cirúrgica, estresse emocional, excessos dietéticos, fase inicial ou interrupção da medicação.

Gota tofácea crônica:
Caracteriza-se pelo achado de tofos(depósitos de urato) em pacientes com doença de longa evolução, após muitos surtos de artrite.
O intervalo entre o primeiro surto e o surgimento de tofos é variável porém em média é de 11 anos. Antes da terapêutica, 50 a 70% dos pacientes desenvolvia tofos, cifra que caiu para 17% após a introdução do tratamento específico com uricoredutores. Locais mais afetados: bursa olecraneana no cotovelo, tendão de aquiles, mãos e pés, principalmente na região dorsal, joelhos tornozelos, superfície ulnar de antebraços, punhos e pavilhões auriculares. Podem atingir grandes dimensões em pacientes não tratados.

Tratamento:
Nas crises com antiinflamatórios não hormonais, podendo-se chegar aos de potente ação, embora, de potencial mais tóxica. Não há tratamento de base. Deve-se orientar os pacientes para evitarem traumatismos articulares que são com frequência precipitantes de crises. Alguns autores preconizam o esvaziamento da articulação através de punção articular.

Contatos

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